segunda-feira, 28 de março de 2011

OS ESTORVOS DA LIBERDADE








            Nos tempos em que o balão junino era cantado em prosa e verso pelo nosso cancioneiro popular e que as famílias se regozijavam nas Festas Juninas a Capa da Revista PLACAR, edição 623, de 30 de abril de 1982, estampava um balão (modelo tangerina) em homenagem ao Flamengo Campeão Brasileiro de 1982.
        Nesse tempo a Imprensa, no Brasil, não estava submetida pela impostura do Art. 42 da Lei 9605, de 12 de fevereiro de 1998 e tinha liberdade para falar bem do balão... Tempo em que a televisão, o rádio e os jornais não encontravam muitos fatos negativos que viravam notícia... Tempo em que as pessoas se respeitavam reciprocamente... Tempo em que os vícios não prosperavam nas relações sociais... Tempo de respeito à arte, ao folclore e a cultura dos brasileiros.

        Hoje, no avesso, estamos sublimando a violência.

        Este é o paradoxo.

        Assim, diante desse flagrante noticioso, alguns comentam:

“vale enviar pela propaganda que hoje seria impossível;

“Olha o que eu achei, não sei de quando é essa edição, mas você imaginaria isso hoje?

        Sim, os detratores do balão junino e predadores da cultura conseguem, por algum tempo e até quando DEUS quiser amordaçar a boca dos nossos amigos e criar um tipo de jornalismo espúrio, de enganação, com abuso de linguagem, onde se subestimam as virtudes, na finalidade de embotar a mente das pessoas.

        Ora, estamos no Terceiro Milênio, ano 2011, milênio da premoção, isto é:

Ação ou inspiração divina que influi na vontade das criaturas.

        Assim, no caso do balão junino, o patrulhamento para amoldar comportamentos, de acordo com padrões pré-estabelecidos, está no pleno exercício da mídia, tudo compatível com o quadro de perversão atual.

        Mas, Tudo Passa e um dia isso vai mudar.


        Humberto Pinto Cel






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