segunda-feira, 1 de novembro de 2010

VIDA QUE SEGUE



       Passadas as eleições voltamos para o dia a dia, à normalidade.


Sábado, 23/10/2010


"Apesar do alerta de que soltar balões é crime, os fãs desta prática não desistem. Um balão caiu no Horto, causando um incêndio. Outros balões foram vistos pelo céu da capital fluminense".

Sábado, 30/10/2010:

"Queda de balões deixa mortos e feridos no interior de SP. Segundo bombeiros, três pessoas morreram e 16 ficaram feridas.
Acidente com a queda de três balões foi em Boituva".


       Comento:

       Observam-se diferenças:

No caso 1, 

"Balões são flagrados no céu do Rio"


        Um balão desce sobre a cobertura verde do Jardim Botânico no Rio de Janeiro e aos poucos perde a autonomia que o mantém por alguns minutos em suspensão no ar, se desequilibra e seu bojo (de papel fino) pega fogo; seus restos foram recuperados por militares do Corpo de Bombeiros chegados ao local, minutos após: boca, cabrestos, antena e bandeira.

           Não fosse a opção pelo sensacionalismo e a notícia seria dada com naturalidade, sem estardalhaço, sem causar qualquer sensação de temeridade nas pessoas.

       Mas não é assim porque o balão – balão junino – foi estigmatizado como artefato de destruição e tem de ser mostrado pela mídia como um objeto demoníaco e os seus artífices apontados como irresponsáveis, criminosos e anti-sociais.

       Há ainda a intenção de gerar medo, um dos gigantes da alma, indistintamente, nas pessoas.

No caso 2,

"Queda de balões deixa mortos e feridos no interior de SP"
      
       A notícia do G1 foi sensata, sem estardalhaço, sem sensacionalismo, para não causar qualquer sensação de temeridade nas pessoas e sem intenção de gerar medo, um dos gigantes da alma, indistintamente, nas pessoas.
        
       Ora, volto a dizer que essa contradição na conceituação dos fatos está sustentada pelo preconceito e pela intolerância, dois distúrbios morais que degeneram o caráter do ser humano.

        Basta comparar com outros fatos do noticiário.
 
        Concluo:

        Eles dizem, ainda: "Apesar do alerta de que soltar balões é crime, os fãs desta prática não desistem"... Ora, alegar que soltar balão é crime é falso porque a prática não está regulamentada e, assim, não há como estabelecer responsabilidade e definir o causador do dano presumido.        

            Fica a sugestão para reflexão das pessoas.


            Humberto Pinto  Cel





      
       

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