quarta-feira, 21 de novembro de 2012

NOTICIOSO LEVIANO



 

Na arte da informação está presente a segurança das pessoas


A imprensa é livre e tem o dever de informar.

Ao observador cabe a arte de interpretar a informação e formar o juízo.
 
Pela telinha, mostrar balão no espaço, bailando no céu, ou descendo a terra, antes de ser notícia, tem sido útil para dizer à população que o balão – balão junino - não é vilão, como alguns tentam impor com a língua do se, para confundir as pessoas. O pânico, ou medo difuso, pretendido pelos embusteiros, não se estabelece, porque o perigo apregoado, embutido no discurso, não se concretiza.
A TV mostra a imagem e o comentarista verbaliza a notícia.

A sabedoria popular diz que uma imagem vale por mil palavras. Assim, nem sempre o que é visto corresponde ao que é dito.

No caso em questão, o Jornal Hoje e Jornal Nacional, em repetição, da Rede Globo de Televisão, edições de 20nov12, na cidade de São Paulo, mostra imagem de avião passando perto do balão e o locutor ressalta o perigo ao tráfego aéreo. Na história da aviação não há registro de acidente entre balão e avião. Nota-se que Santos Dumont chegou ao avião inspirado pelas experiências que realizava com pipas e mais pelos balões que soltava nas Festas Juninas da sua época. Balão e avião são compatíveis.

Outra imagem apresenta balão descendo sobre área residencial, que alguns chamam de barracos e é dito que o local foi palco de dois incêndios recentes, insinuando o balão como agente incendiário.

Em outro momento um balão queima próximo aos fios da rede elétrica e o locutor alarma a tragédia.

Ora, todo esse esforço contraditório para desonrar o balão só faz mostrar, para o publico, que o balão é uma prática consolidada pela tradição, em razão da beleza e dos valores presentes para o Bem.
 
 

                                    Deixem nossa arte em paz
 
 
Humberto Pinto Cel
 
 

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