02/12/2012 10h49- Atualizado em 02/12/2012 10h54
Balão cai em prédio na Zona Oeste do Rio e assusta moradores
Grupo teria invadido o local para tentar apagar as chamas e pegar o balão.
Segundo a Polícia Militar, seis pessoas foram levadas para a 16ª DP.
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Balão ficou preso na cobertura de prédio na Barra
(Foto: Ana Maria Nogueira dos Santos/VC no G1)
Moradores de um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, acordaram com uma grande confusão na manhã deste domingo (2), após um enorme balão ficar preso na cobertura de um dos prédios.(Foto: Ana Maria Nogueira dos Santos/VC no G1)
De acordo com moradores do condomínio Parque das Rosas, grupos que pareciam ser de baloeiros entraram na área interna do prédio para tentar retirar o balão e apagar as chamas, pois ele ainda estava acesso quando caiu no local.
“Foi uma confusão enorme e muita gente gritando. Quando olhei pela janela, vi umas cordinhas e ao olhar para cima vi o balão. Eles tacavam pedras e sapatos para tentar murchar o balão”, conta a estudante de jornalismo Florence Berrogain Quaresma, 21 anos.
Segundo Florence, os baloeiros apagaram o balão usando a mangueira do próprio prédio. “Acordei às 8h30 com a gritaria. No começo, pensei ser algum jogo de futebol, já que o prédio fica ao lado de uma quadra. Depois ouvi xingamentos e resolvei chegar da janela. Foi quando vi aquele tumulto todo”, afirmou a jovem.
A Polícia Militar foi acionada para conter a confusão. De acordo com policiais do 31º BPM (Barra da Tijuca), seis pessoas foram levadas para a delegacia e o balão foi apreendido.
Moradores acordaram com a confusão (Foto: Ana Maria Nogueira dos Santos/VC no G1)
Comento:
Pelos comentários de
internautas se notam alguns destemperos. Até certo ponto isso é explicável.
Nós, brasileiros, somos carentes de informações sobre muitas coisas que nos
cercam e não raras vezes ficamos dependentes de opiniões alheias. Não somos
capazes de formar o próprio juízo.
Ora, no caso em questão, o
balão desce sobre a área de um condomínio na Barra da Tijuca e foi resgatado
por baloeiros, com maestria. A notícia foi feita com cuidado.
De um tempo para os dias
de hoje, certas agências de notícias, a partir de 1980 e mais adiante com o
advento do Art. 42 da Lei 9605/98 que
criminalizou o balão – balão junino – enunciam-no como agente incendiário
das matas e florestas do Brasil e, a partir daí, em campanha sistemática, o
designam como coisa nociva, perigo para aeronaves, indústrias, residências, energia
elétrica, e vida humana, enfim criam o estigma do aeróstato do terror e os seus artífices como antissociais. Assim, foi
lançada a cizânia, a semente da discórdia.
Em 1995, recorda-se que programa
do Fantástico da rede Globo de televisão apresentou um balão, iluminado com
lanternas, portanto noturno, descendo sobre a área dos paióis da Marinha,
situados na Ilha do governador, citando-o como provável causa das explosões. Não perceberam que o início das explosões
ocorreu ainda na luz do dia.
Da Cartilha do Balão se
extrai:
- “a campanha de mídia
sensacionalista – escrita, falada e televisiva - a partir dos Anos 80, para
formar opinião pública contra os balões (balões juninos) e seus artífices,
atribuiu à queda de balão muitas tragédias ocorridas no Rio de Janeiro. As mais
lembradas: explosão do paiol da Marinha, na Ilha do Governador; incêndio na
SUIPA; incêndio na comunidade do Rio das Pedras; incêndio na
caixotaria do CEASA; incêndio na comunidade DONA MARTA.
Todos esses fatos foram noticiados com intensa repetição para massificar as pessoas, acusações sem provas”;
Todos esses fatos foram noticiados com intensa repetição para massificar as pessoas, acusações sem provas”;
Mas, os fatos não mentem
e são como axiomas, evidentes por si mesmos.
Portanto, deixem a beleza da arte do
balão, por ela predicar o bem, essencial na harmonia social.
Deixem nossa arte em paz
Humberto Pinto Cel
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