sábado, 23 de outubro de 2010

O FATO DISTORCIDO






        Mais uma vez...

            O fato: um balão desce sobre a cobertura verde do Jardim Botânico no Rio de Janeiro e aos poucos perde a autonomia que o mantém por alguns minutos em suspensão no ar, se desequilibra e seu bojo (de papel fino) pega fogo; seus restos foram recuperados por militares do Corpo de Bombeiros chegados ao local, minutos após: boca, cabrestos, antena e bandeira.

        Não fosse a opção pelo sensacionalismo e a notícia seria dada com naturalidade, sem estardalhaço, sem causar qualquer sensação de temeridade nas pessoas.

        Mas não é assim porque o balão – balão junino – foi estigmatizado como artefato de destruição e tem de ser mostrado pela mídia como um objeto demoníaco e os seus artífices apontados como irresponsáveis, criminosos e anti-sociais.

        Há ainda a intenção de gerar medo, um dos gigantes da alma, indistintamente, nas pessoas.

        Essa forma de visão está sustentada pelo preconceito e pela intolerância, dois distúrbios morais que degeneram o caráter do ser humano.

        Basta comparar com outros fatos do noticiário.

        Assim, diante dessa contradição, pergunta-se: por que não mudar esse discurso que induz a violência?

        Fica a sugestão para reflexão das pessoas.


            Humberto Pinto  Cel

Um comentário:

  1. Prevenir incêndios e catástrofes são algumas das missões do Corpo de Bombeiros. Assim, é perfeitamente natural que uma guarnição do CBERJ tenha recolhido o balão ou o que sobrou dele.
    Assim é em Portugal, na França, no México, na Argentina, em suma, no mundo inteiro.
    O que foge à normalidade é a posição adotada pela TV Globo e assemelhadas que fazem do balão junino e do baloeiro uma espécie de inimigo público número um da população. Em nome de uma falsa defesa da ecologia e da segurança aérea, fomentam na população, de maneira insidiosa e sensacionalista o chamado "terror pânico", buscando afastar o povo brasileiro, dos seus costumes e da arte baloeira.
    Faltando com a verdade, frequentemente, ao citar o refrão baseado no art 42: "fabricar... e soltar balões é crime..". Intencionalmente sempre omitem a expressão "balões que possam causar incêndios...", como salienta o artigo citado.
    Isso comprova a manipulação da informação e a ação criminosa desse órgão da imprensa, contra a população. As autoridades se omitem e o MPF permanece deitado em berço esplêndido, em vulgar prevaricação. Onde está a credibilidade da imprensa? Onde está a Justiça e o "Fiscal da Lei"? ---- O GATO COMEU!
    Orlis G Monte

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