BRAVO! IVAN CRUZ
Pelo seu excelente tabalho:
A exposição que você apresenta, para os brasileiros, mostra um passado, não muito distante, que as novas gerações não vivenciaram.
Explico: a partir de 1950, com o advento da Televisão no Brasil e o consequente espalhamento dos meios de comunicação (antes: jornal, revistas, teatro, cinema e rádio difusão) a medida da popularização desse novo instrumento da tecnologia para o entretenimento (?), ocorreram mudanças no comportamento das pessoas, com as consequentes alterações de hábitos nas relações sociais.
As famílias deixaram a convivência relacional com os vizinhos e passaram pouco a pouco ao confinamento dos seus lares, casas e apartamentos, para se fixarem nas programações mostradas pela telinha.
Este foi o início do distanciamento das pessoas que perderam o relacionamento diário e solidário e começaram a enfraquecer os laços da amizade e o sentimento de fraternidade.
A nova escola (pedagogia televisiva) passou a influenciar e dirigir a mente das pessoas.
Com as famílias dispersas pelas novas motivações dos pais, as crianças também sofreram modificações nas suas práticas diárias. As brincadeiras de rua, antes participativas de todos, passaram cada dia mais a serem substituídas. Assim, aquela pedagogia natural, extraída dos meios de fortuna de então, que completava na educação, no desenvolvimento da personalidade e formação do caráter da criança se perdeu.
Enfim, o canhão da telinha conseguia transformar uma sociedade que tendia para ser agregada, solidária, altruísta e fraterna para uma sociedade desagregada, indivudualista, egoísta e fratricida.
A violência é sua marca, como se ve pela mídia televisiva.
Humberto Pinto Cel
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