Editorial
27abr2009
27abr2009
A Compulsão Pela Denúncia Anônima e os Novos Heróis
Os princípios legais acima estão sendo ocultados pelos articuladores da campanha de mídia contra os baloeiros.
O editorialismo do sistema Globo, pelos seus meios de mídia: jornal, rádio e televisão, no cúmulo da arrogância, apostam na desonra de pessoas de bem, os baloeiros , quando chamam e propagam, pelo noticioso, as reuniões dos artistas do papel e apreciadores do balão - balão junino - de "formação de quadrilha". Fazem apelo patético às pessoas à denúncia anônima, mediante recompensa pecuniária, para apontar as "quadrilhas de baloeiros".
Que figura! Os praticantes da arte do balão sendo denunciados pelos algozes, como quadrilheiros. São simples aleivosias jurídicas. Não são apenas quatro, são dezenas, centenas de milhares.
Esse enquadramento é impróprio porque os brasileiros estão protegidos pelo interesse difuso, na preservação da arte, do folclore e da cultura popular.
A denúncia anônima, como se sabe, além de Inconstitucional, é ato repugnante e covarde.
O medo que se apossa da pessoa em ser descoberta e ficar exposta à execração pública, como Judas Iscariotes, deve ser um fator angustiante, permanece como um peso na consciência do delator ao receber os "trinta dinheiros".
No Século XXI, esse tipo de delação não fosse trágico seria cômico.
Por outro lado, a Ordem Jurídica não contempla a forma de configuração de quadrilha, para os baloeiros, pois estes se esmeram na arte de confeccionar balões e solta-los, sem que essa técnica possa potencializar risco de dano à natureza. No mais, a metáfora vale para formação de quadrilha¹ das Festas Juninas.
Agora, você já pensou em eleger um dia para homenagear o baloeiro? Não pensou? Pois está na hora dessa escolha.
No momento em que recrudesce, no Brasil, a injusta repressão contra os artistas do papel, vem na nossa mente fatos da História da Humanidade, das perseguições que marcaram época.
Naqueles tempos, Herodes mandou matar crianças de até dois anos de idade, na tentativa de sacrificar a vida do menino Jesus. Fato conhecido como: A matança dos Inocentes.
O mais presente na memória, sem dúvida, foi a perseguição dos pagãos aos cristãos, após a morte de JESUS CRISTO.
Nero mandou atear fogo em Roma e acusou os cristãos.
Nestas citações não há qualquer sentido de blasfêmia, apenas são referências para situarmos os motivos dos protagonistas.
Nos dias atuais, de um lado: o balão e seus artífices, os baloeiros.
A arte, desenvolvida por pessoas de bem na manutenção de uma tradição milenar incorporada às Festas Juninas, festas dos santos populares: Sto. Antônio , São João e São Pedro, os artesãos; no outro lado, os que negam essas formas de expressão e manifestações populares.
Parece, a repetição das escaramuças, com os perseguidores, os mesmos: os pagãos, do Século XXI.
Certa mídia concentra o arsenal da Violência cultural.
Há um velho ditado árabe que diz: os cães ladram e a caravana passa. ... E os árabes se defendem dos inimigos... E vencem.
Os baloeiros infamados, injuriados e humilhados, resistem, com bravura, à sanha dos detratores e predadores do folclore e da cultura do balão - balão junino.
Sim, estamos revivendo as mesmas cenas.
Mas, como nos episódios históricos referidos, os perseguidores de hoje, também não prosperarão.
A tenacidade dos Novos Heróis sinaliza para a vitória!
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Humberto Pinto Cel
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