terça-feira, 12 de julho de 2011

OGLOBO - OPINIÃO 6 - FIM

       



        Senhor Luiz Garcia,

        O senhor encerra a exposição BALÕES, na página OPINIÃO de OGLOBO, de 5jul2011, de maneira pouco lúcida, mas sugestiva, senão vejamos:

“Este ano, já foram presos em flagrante 22 baloeiros. É pena que não tenham sido exibidos para a imprensa, como acontece com outros inimigos do bem comum. Por quê? Por não serem marginais em tempo integral? Na verdade, é exatamente por isso que deveriam ser expostos e publicamente interpelados.
A sociedade precisa conhecê-los – inclusive para conhecer as explicações que possam ter para seu passatempo antissocial. Até agora, ninguém assumiu publicamente a defesa dos balões. Um bom motivo para isso pode ser o mais óbvio: são indefensáveis”.

        Apenas apresentar o número de baloeiros presos é enganoso porque deixa dúvida na legalidade e no resultado desses atos determinados pela administração pública.
       
        Presos exibidos para imprensa? De onde VS tirou essa prerrogativa do poder público? Significa um breve retorno aos modos da perseguição aos cristãos ou o linchamento dos tempos modernos? Ou o abuso do constrangimento ilegal? VS quer punição sem direito de defesa?

        Na qualificação de marginais de tempo integral, em que, por definição de VS, os baloeiros não estariam enquadrados, seriam então marginais de ocasião e assim não devem ser expostos à execração e a interpelação pública. Será por isso?

        O que é isso! A sociedade não os conhece? Serão entes externos da nossa realidade?

        Quanto ao balão junino, está no Brasil há mais de trezentos anos ligado ao folclore das Festas Juninas realizadas em louvor a Santo Antônio, São João e São Pedro, da Igreja Católica. Sem desmerecer das outras efemérides a Festa Junina é a festa da família.

        Para finalizar, de tudo que foi exposto e comentado, fica-se com a sensação de que o objetivo dos detratores do balão e predadores da cultura, com o advento do Art. 42, aos quais VS se associa é, pela intimidação, estigmatizar o baloeiro isolá-lo do convívio social e seduzir a sociedade brasileira para rejeitá-lo dando início a um processo mais amplo que visa expurgar da cultura e dos costumes dos brasileiros, isto é, do nosso modo de viver, tudo aquilo que alguns consideram nocivo para a sociedade.
        
         Cuidado! O novo lobo está solto.





        

        Pipa e balão, atalhos do coração.


        A Sociedade Amigos do Balão – SAB, desde 1998, assumiu a defesa dos balões.

        Humberto Pinto Cel
       


       



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