quarta-feira, 6 de julho de 2011

OGLOBO - OPINIÃO




        Luiz Garcia

        Quem é esse Senhor?  Conheça um pouco sobre este senhor em entrevista publicada aqui.


ABI OnlineO Globo adotou algum mecanismo para se defender desse tipo de assédio?
Garcia — De uns tempos para cá, instituímos o seguinte: qualquer informação sensacional, espetacular que chegue de graça à redação deve ser encarada como ponto de partida de uma apuração e não como matéria pronta. É claro que, para a imprensa de modo geral, às vezes a notícia é tão saborosa que escapa. Alguns editores são mais rigorosos que outros e há os que acham que se deve publicar tudo, deixando o julgamento por conta do leitor. Eu sou da escola do maior rigor, pois entendo que qualquer denúncia é o ponto de partida de uma apuração e que incorre em grave erro o jornalista que acha que resolve esse problema ouvindo os dois lados.



ABI OnlineÉ preciso ir mais além?
Garcia — Com certeza, porque escutar os dois lados é necessário, mas nesse caso é a forma mais preguiçosa do mundo de fazer jornalismo. O repórter tem que ouvir as duas fontes, mas deverá apurar muito bem quem está com a verdade.

ABI OnlineEssa seria então a melhor linha de ação para se fazer jornalismo investigativo sem riscos e medo de ameaças?
Garcia — Devemos resistir a intimidações até por questões de sobrevivência, mas é preciso também evitar as tentativas de preencher a publicação com acusações. O dever da imprensa é defender o interesse público quando este está em jogo e o fato é comprovado. Pois notícia é: alguém disse, nós fomos checar e é verdade. O direito à privacidade também deve ser respeitado. No Brasil, os políticos raramente envolvem os parentes na campanha eleitoral, ao contrário dos Estados Unidos. Lá, se o repórter descobre que o político que posava de chefe de família exemplar bate na mulher e chuta o cachorro, isso é notícia legítima, porque ele transformou a vida particular em domínio público.

        O que ele diz sobre balões, publicado em 5jul2011 pelo jornal OGLOBO na coluna OPINIÃO caracteriza a superfluidade do jornalismo brasileiro com as devidas e honrosas exceções, muito próprias do momento de degradação que se verifica na sociedade brasileira. 







        O mais elementar e vulgar dessa campanha é o desprezo pela verdade e o abuso da linguagem para impressionar os leitores.

        Mas quando se agridem pessoas pela incontinência verbal há um arsenal pronto para desmascarar os farsantes.

        Nesse caso o pretexto é a queima de um depósito de lixo situado na Ilha do Governador, em 3jul2011, tendo como hipótese da causa o balão.

        Quantos incêndios ocorrem no dia a dia e são noticiados como fatos corriqueiros e não são objetos do sensacionalismo?

         E o fogo, sempre latente, pronto para acontecer desde que sejam presentes as condições físicas necessárias para sua ignição e propagação.

        O que chama atenção é que é fácil acusar o balão como o causador do fogo.

        Essa leviandade se repete nos meses de maio, junho e julho e o processo de intimidação perpetrado pela campanha insidiosa vem se agravando desde 1998.

        A mentira cuidadosamente elaborada... A superestimação do fato é a ordem, quando se trata de balão... E ai daqueles que se oponham.

        O sensacionalismo explícito televisivo: “explosão do paiol de munições da Marinha” na Ilha do Governador, em julho de 1995; “incêndio na comunidade do Rio das Pedras” em Jacarepaguá, em agosto de 2006; “incêndio na caixotaria do CEASA” no Irajá, em agosto de 2006; “balão que entrou no apartamento da mulher em Copacabana”, em junho de 2008; “incêndio no Morro dos Cabritos”, vulcão em Copacabana, em junho de 2010; “incêndio no Morro dos Macacos” no Andaraí, em julho de 2010.

        A farsa e a perseguição continuada...

        Humberto Pinto Cel


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